O vento misterioso
Não consegue assoprar a dor
A dor da lembrança
A dor da saudade
A dor da perca.
O cérebro, totalmente consciente
Tenta de forma metódica
Disfarçar os sentimentos
A boca sorri
Os olhos vêem o invisível
O corpo para, apenas para...
Ao redor, amigos e família
Ao desredor a tristeza, a solidão
Que aos poucos corrompem a mente
Tornando-a fria e calculista
Impermeável ao sentimentalismo
Disfarçável aos conteúdos falados
Cega às imagens refletidas.
Mas a pedra não resiste
Aos pingos molhados da partida
E de forma incontrolável
Despedaça-se
Rompendo com todos os conceitos da física
De que o material não pode ser quebrado
Pelo sentimental.
Eis que vem o choro!
(JUCINEI ROCHA DOS SANTOS - 29 DE OUTUBRO DE 2011)
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